domingo, 31 de outubro de 2010

AQUELAS FIGURINHAS DO DISCO VOADOR

Tem pessoas que conheço que morrem de medo de cobras e jamais ficaram ou ficarão frente a frente com uma pra justificar este medo. Outras tem medo de sapos, aranhas... e até dá pra entender. Mas tem aquelas pessoas que tem uma inexplicável fobia por coisas que, à priori, não existem, como fantasmas, almas penadas, poltergeists, atividades paranormais e, pra surpresa minha, descobri que tenho muitos amigos que tem medo absurdo de ETs. Sim, isso mesmo! ETs, alienígenas, seres de outros planetas! Nunca vão assistir “Contatos Imediatos do 3º Grau” ou “Sinais”, já me confessaram. E nem vou esperar comentário destas pessoas sobre este post porque, assim que lerem o título, não vão chegar até o final do texto.
Bem. Isso faz algum tempo mas está tão latente em minha memória que parece que aconteceu ontem... Ta, no ano passado... no máximo.
Lembro bem o mês: dezembro, mas não lembro o ano, mas éramos todos adolescentes. Um grupo de cinco ou seis, amigos, irmãos, primos... Tínhamos o costume de ficar conversando em frente ao prédio até altas horas da noite. Eram outros tempos, era verão, não corríamos nenhum perigo mesmo porque os adultos estavam sempre de olho. Esqueci de dizer que este prédio fica em frente a um cemitério, onde estão os melhores vizinhos; não fazem barulho e nem reclamam das nossas festas. Mas nunca vimos nada sobrenatural, exceto o que vimos nesta noite, mas que não tinha nada de fantasmagórico ou do além.
Devíamos estar em férias escolares, então conversávamos sobre os presentes de Natal que pretendíamos ganhar. Provavelmente falávamos bobagens, era o que podia se esperar de um bando de adolescentes. De repente, uma das meninas fixa o olhar no céu para além das árvores do cemitério do outro lado da rua e faz um inocente comentário.

- Olhem aquela nuvem! Bem redondinha...

Todos desviaram o olhar pra ver a tal nuvem, realmente bem redondinha mas não parecia em nada uma nuvem.

- Não ta vendo que não é uma nuvem? – Disse outro “especialista” – É o holofote do aeroporto!
- Mas se fosse um holofote, veríamos um facho de luz e não o círculo... – Falou um mais inteligente que deve ter sido eu mesmo.
- É uma nebulosa!
- É o comissário Gordon chamando o Batman!
- É um disco voador!

Fez-se um silêncio sepulcral. Um arrepio percorreu as nossas espinhas, e a adrenalina não deixava a gente se mexer dali. Olho naquilo que poderia ser o maior testemunho da existência de discos voadores e vida em outros planetas. A Família Robinson e a Júpiter-II poderiam existir verdadeiramente, talvez Leonard Nimoy tivesse aquelas orelhas pontudas, de fato, e seu nome verdadeiro é Spock.
Eu não sei o que os outros pensavam, aliás, não sei nem o que eu mesmo pensava, mas bem poderia ser isso mesmo.
Aquele objeto, voador, que ninguém conseguiu identificar, vinha em um movimento retilinio uniforme mas não tinhamos como calcular a velocidade, mas do nosso ponto de vista estava muito devagar, muito.
Ele era bem redondo, mas não era um disco, era um anel, emanava uma luz alaranjada e era possível enxergar as estrelas através dele, ou era enorme ou estava muito baixo mesmo. Quando ele passou por sobre nós e sumiu acima do prédio, armamos uma corrida em direção aos fundos do sobrado, nos quintais pra continuarmos tendo nosso primeiro contato imediato, mas uma enorme e frondosa parreira nos tirou a visão. Tivemos a impressão que ele, o OVNI, acelerou de zero à 500km/h em dois segundos e desapareceu na imensidão do céu.
Corremos pra contar para os adultos, mas eles também já tinham visto e os que não viram e chegavam não sei de onde naquele exato momento não acreditaram.
Mas no dia seguinte, manchete na Zero Hora e num tablóide do mesmo grupo chamado Hoje que não existe mais.

“OBJETO VOADOR NÃO IDENTIFICADO
SOBRE PORTO ALEGRE”

Daí contou que um casal de namorados estava à beira do Guaíba, em Guarujá, bairro da zona sul da cidade quando aquela coisa saiu de dentro da água passando muito perto deles causando queimaduras na dupla. Questão de minutos depois foi visto por freiras no interior de Santa Catarina e logo depois por agricultores no Paraná. Todos com a mesma descrição. Ou estavam preparando uma invasão em massa ou era a mesma espaçonave que se locomovia numa velocidade inacreditável.
Desde então filmes, livros, revistas, reportagens que abordem este assunto me fascinam. Posso dizer que já vi pelo menos um objeto voador não identificado, Se da Terra ou de outro planeta eu não sei, mas abre precedentes para que eu acredite em uma vida extraterrestre e que eles não querem nada com os “estúpidos terráqueos”... Porque, se quisessem já teriam nos dizimados. E o espaço, a fronteira final, onde homem nenhum jamais esteve é apenas o chamado pra um seriado que antecipou muita tecnologia que usamos hoje em dia. E dizem, presentes dos nossos amigos ETs. E acredite você também: não estamos sós no universo.





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